Dia 12
Acordamos todos um pouco animados. Há sol e vamos ao campo com o Antonio. Precisamos de vitamina D

Depois do 3aniversario do António e depois de termos ido passear em Coimbra, fomos passar uns dias de férias na casa dos avós.
Já falávamos com mais recorrência do vírus mas sinto que continuávamos com sensação de impunidade. Divertimo-nos muito por lá.
Regressamos à rotina, escola, trabalho, casa.
Todos os dias no carro bem cedinho, ia ficando um pouco mais preocupada. Até que chegou o dia.
Dia 2-3-2020. O vírus chegou a Portugal. A primeira pessoa infetada havia sido diagnosticada. Sinto que daí em diante o pânico foi crescendo.
Passados uns dias o António adoeceu. Febre e tosse. Estava a ser recorrente e precisamos de ir ao médico. Tudo estava a mudar.
Na unidade onde íamos, privada, já só o receberiam em âmbito normal até à meia-noite. A partir daí, bastava ter estes dois sintomas e não era visto lá. Era encaminhado em segurança para a unidade pública. Tomámos contacto com a realidade pura. O médico que estava de atendimento na urgência era o nosso pediatra. Estava visivelmente preocupado. Nervoso até. Falava com ansiedade no futuro e no que “aí” vinha.
Não estávamos preparados...

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